Jane Austen tem 250 anos: “Prepare-se para a musselina e as fitas esvoaçarem!”
250 ANOS DE JANE AUSTEN (2/6). No Reino Unido, em 2025, o 250º aniversário do nascimento da autora de "Razão e Sensibilidade" e "Orgulho e Preconceito" é um evento nacional. Nos últimos dias de 2024, o "The Observer", o jornal dominical mais antigo do país, publicou um editorial para lançar as comemorações. "Jane Austen é uma de nós", anunciava.
Alguns verão isso como uma simples desculpa para reler Persuasão, para chorar amargamente ao redescobrir a comovente declaração de amor do Capitão Wentworth a Anne Elliot. Mas, por ocasião das muitas festividades organizadas para o 250º aniversário do nascimento de Jane Austen [1775-1817], outros se preparam para celebrações mais ostensivas. Preparem-se para ver a musselina e as fitas esvoaçarem!
Um quarto de milênio após seu nascimento, a romancista inglesa ainda desfruta de uma popularidade impressionante que não dá sinais de declínio: a cada ano, chegam livros, filmes, séries de televisão e peças de teatro inspirados em dezenas de contos da autora ou em detalhes raros de sua vida pessoal. Uma característica que a diferencia de todos os seus pares.
Suas histórias são povoadas por clérigos, e o crime mais criminoso cometido nelas é fugir com a pessoa amada [como Lydia Bennet e George Wickham em Orgulho e Preconceito ] ou — pior, talvez — humilhar uma velha solteirona gentil, mas um tanto falante demais [a Srta. Bates em Emma ]. E, no entanto, sua modernidade é óbvia. Jane Austen é uma de nós: ácida, lúcida e tão profundamente boa e justa.
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The Observer (Londres)Humanista e pró-europeu, o semanário encontra aceitação entre os eleitores trabalhistas, especialmente entre a classe média alta.
Fundado em 1791, com a promessa de não ser influenciado "por preconceito ou partido", o The Observer é o jornal dominical mais antigo ainda em circulação no Reino Unido. Entre seus objetivos, definidos em 1959 por seu proprietário e editor David Astor : "Tratar os oponentes com respeito, opor-se àqueles que promovem o ódio, mas de forma não violenta. Tentar entender as pessoas e explicar quem elas são umas às outras. Praticar a autocrítica — como progressistas, como internacionalistas e como jornalistas — sem se conter de criticar os outros." Em termos gerais, ele continuou com uma nota de humor : "Fazer o oposto do que Hitler teria desejado."
Integrado ao mesmo grupo do diário de esquerda The Guardian em 1993, o semanário foi assumido no final de 2024, apesar de fortes protestos internos, pela mídia online Tortoise Media. Surgiram então receios quanto à sustentabilidade da edição impressa.
Relegado ao status de uma mera aba no site do The Guardian , o The Observer está ganhando sua própria plataforma digital após a aquisição em abril de 2025.
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